Candomblé

 

Na verdade não existe na África o Candomblé, lá cada aldeia tem o seu culto particular aos ancestrais aonde cada orixá é venerado separadamente. Para alguns historiadores a palavra candomblé é de origem bantu, mais com a vinda de escravos de várias nações africanas os ritos e orixás foram unificados numa forma de manter os laços com a mãe África no conhecido candomblé.

O candomblé foi criado e re-criado no Brasil pelos africanos aqui trazidos como escravos ao longo de mais de três séculos (1525-1851). Os escravos provinham das mais diferentes partes da África, mas os grandes grupos que mais influenciaram a cultura brasileira foram os bantos até o século XVIII e os sudaneses depois.


Na segunda metade do século XIX, em diversas cidades do Brasil surgiram grupos organizados de escravos que recriavam cultos religiosos que reproduziam não somente a religião africana, mas também outros aspectos da sua cultura na África. Nascia a religião afro-brasileira chamada candomblé, primeiro na Bahia e depois pelo país afora.


O candomblé como conhecemos, apesar de ter seus fundamentos nos Orixás, Inkisis e Voduns da África, como religião, só existe no Brasil. Na África sempre existiu e existem os cultos às DIVINDADES, sem a concepção religiosa que temos aqui, e sem a miscelânea cultural dos povos que para cá vieram como escravos, sem a qual JAMAIS teria se formado essa grandiosa religião.
Esses povos quando aqui chegaram, foram submetidos à todo tipo de degradação e humilhação que as mentes doentias da época julgavam certas. Assim, com sua condição humilhante, eles passaram a se conhecer melhor, compartilharam conhecimentos, e isto sem contar com as crenças indígenas, que eles de forma alguma desacreditaram. Essas formas poderiam até serem diferentes, das suas, poderiam eles acharem-na mentirosa, mas, como negar essas divindades que aqui já viviam antes de sua chegada? Então os africanos, no meio desta troca de seus conhecimentos tribais, nacionais, foram introduzindo pequenas oferendas às divindades e assim foi se formando ao longo dos anos o CANDOMBLÉ. A palavra CANDOMBLÉ, é de origem BANTU e não YORÚBA como acreditam alguns, e seu significado no Brasil: Instrumento de percussão e/ou lugar de danças de negros e, por extensão, lugar de terra batida por pés ou ainda terreiro, onde praticavam seus cultos religiosos.


O candomblé, é uma religião Brasileira, formada originalmente pelos africanos, e nada tendo a ver com os santos católicos como querem e acreditam muitos e não é um culto africano. Tem raízes africanas, mais não é africano.É um culto criado e organizado no Brasil. O sincretismo com a igreja católica surgiu apenas como meio do negro, enganar a sociedade da época, e praticar assim sua religião sem maiores perseguições. E se não fossem esses conhecimentos trocados entre si, onde uma tribo introduziu deuses; da outra em seus cultos, JAMAIS, existiria a religião do Candomblé.
Nas religiões de matrizes africanas, no Candomblé especialmente, a transmissão do conhecimento religioso ocorre através da oralidade, embora nos dias atuais exista uma vasta produção escrita por membros integrantes da literatura.


O candomblé como é conhecido hoje no Brasil não existe em outros países, pois devido a união de diversos escravos de diferentes regiões numa mesma senzala criou-se miscigenação de fundamentos dando origem ao Candomblé. No Brasil uma roça de Candomblé cultua vários orixás. Na África cada região cultua um determinado orixá, ou seja, cada região africana cultua um orixá e só inicia elegun ou pessoa daquele orixá. Portanto, a palavra Candomblé foi uma forma de denominar as reuniões feitas pelos escravos, para cultuar seus deuses, porque também era comum chamar de Candomblé toda festa ou reunião de negros no Brasil. Por esse motivo, antigos sacerdotes evitavam chamar o “culto dos orixás” de Candomblé. Eles não queriam, com isso, serem confundidos com estas festas. Mas, com o passar do tempo a palavra Candomblé foi aceita e passou a definir um conjunto de cultos vindo de diversas regiões africanas.
A sofisticação estética dos ritos do Candomblé é um dos fatores que exercem grande atração nas pessoas. Além disso, o Candomblé dramatiza relações de uma dimensão cósmica, que se passam no tempo mítico, compreensivo da vida como a conhecemos. O Candomblé, sempre condenado pela Igreja Católica, chegou a ser violentamente perseguido pelo Estado de Getúlio Vargas. Mas os policiais que invadiam os terreiros eram, muitos deles, também freqüentadores, o que trazia uma certa conivência. A perseguição diminuiu a partir dos anos 50, e com isso veio a liberdade para a multiplicação das casas de culto e sua freqüência.


O Candomblé é uma religião dinâmica e, ao contrário do que muitos crêem por causa da variedade de deuses, é essencialmente monoteísta, crê em um único Deus e criador, Olorún (olo=dono, senhor ; orun= céu, espaço celeste sagrado), que criou o céu e a terra, os orixás e o homem. No candomblé nada se inventa, tudo se aprende, o saber e o conhecimento só vem com o tempo, ensinamento, humildade, axé, merecimento e compreensão; a sua prática tende a se adaptar, pelo crescimento e modernidade do mundo, professando a sua religião através dos seus ritos, cada vez mais, confinados no seu Ilê Axé (casa de candomblé).


Candomblé veio da fusão dos cultos afro trazidos pelos negros ao Brasil com os ritos indígena aqui existente.

 

 

 

 

Loja Nova Iguaçu Loja Vilar dos Teles Loja Duque de Caxias Fábrica São Jorge
Av. Marechal Floriano Peixoto,2441
Centro - N.Iguaçu-RJ
Av. Automóvel Clube, n.º 2680
Centro - Vilar dos Telles - RJ
Av Governador Leonel de Moura Brizola,  n.º 2065
Centro - Duque de Caxias. - RJ
Avenida Pres. Kennedy, 926,
Coelho da Rocha, S. João De Meriti - RJ
(21) 2667-5386 (21) 2651-3224 (21) 2782-1955 (21) 2756-1184

 

© Fábrica de Velas São Jorge 2024 | Olivan B. Ribeiro WebMaster